quinta-feira, 19 de março de 2020

Livro de Educacao Fisica - Editora Moderna


Livro Editora Moderna



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Praticas Corporais de Aventura

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA Laércio Claro Pereira Franco, Rodrigo Cavasini e Suraya Cristina Darido As práticas corporais relacionadas às atividades de aventura, como o surfe, trekking, skate, canoagem, paraquedismo, escalada, parkour e slackline, têm se tornado uma característica da atualidade. Foi a superação de obstáculos naturais que forçou a humanidade a criar técnicas e equipamentos no caminhar destes séculos, os quais serviram de base para as aventuras realizadas hoje em dia, por esportistas ou por interessados em aventuras em finais de semana. Indivíduos em busca de um retorno à essência humana, de reaproximação ao meio natural e ao desejo do desafio e superação de limites. Essas atividades de aventura vêm sendo realizadas por pessoas de diferentes faixas etárias, inclusive crianças, adolescentes e jovens. Em diversos países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha e Austrália, os praticantes destas atividades são dezenas de milhões, sendo que, no Brasil, os números também são expressivos. O skate, segundo o site da Confederação Brasileira de Skate, está presente em quase 3.200.000 domicílios. Nessas residências, pelo menos um morador possui um skate, ou seja, aproximadamente 6% dos domicílios brasileiros conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outra modalidade que figura no ideário de outros tantos é o surfe, que possui um número de praticantes similar ao dos praticantes de skate no Brasil (ABRASP, 2010 apud MIRANDA, 2011). Além dessas, outras atividades que possuem um crescente número de praticantes e interessados e têm auxiliado a difundir essas práticas no país são o trekking, arvorismo, slackline, stand up paddle e o mountain bike. Isso tudo em um país com características geográficas e climáticas propícias para essas práticas. De fato, o Brasil conta com mais de 8 mil km de litoral, que se somam a números expressivos de morros, rios, lagos, lagoas, cavernas e cachoeiras. Além disso, muitas estruturas existentes em meios urbanos favorecem a realização de atividades de aventura. Potencialidades consideráveis para a expansão das práticas de aventura que podem ser exploradas em aulas de Educação Física e em iniciativas esportivas. Práticas corporais de aventura: origens e escolha de terminologia e algumas classificações De acordo com Cantorani e Pilao (2005), ao longo da evolução humana, sempre existiram práticas que envolviam desafios e aventuras em que fortes emoções se faziam presentes. Contudo, tais práticas não poderiam ser denominadas de esportes de aventura, pelo fato de que não eram atividades realizadas com o sendo que é atribuído hoje. Esses autores defendem o surfe como precursor das práticas corporais de aventura como os entendemos hoje, sendo sua origem por volta do século XVIII, porém difundido a partir da primeira década do século passado, pelo havaiano Duke Kahanamoku. No Brasil, o surfe teve suas primeiras experiências no Rio de Janeiro, na década de 1950, ao passo que a Federação Carioca de Surfe foi fundada em 1965. Os autores acreditam que, partindo desse esporte, outros foram incorporados às práticas de aventura, uns criados a partir do conceito e utilização de pranchas, como skysurf, snowboard, windsurfe, wakeboard etc. Outras modalidades poderiam reivindicar esse pioneirismo e não estariam equivocadas, como o montanhismo. As primeiras técnicas de montanhismo foram desenvolvidas em Chamonix, na França, no século XVIII e, de lá pra cá, essa atividade não parou mais de crescer (RADICAL, 2007). Esses exemplos são apenas ilustrações, pois não se intenciona defender nenhum pioneirismo ou origem, apenas situar a essência do que, nesse texto, denomina-se pelo título geral de práticas corporais de aventura. Mesmo porque, se for considerada a presença do ser humano nas cavernas, em travessias de montanhas e em outras explorações e conquistas, pode-se afirmar que estas atividades têm acompanhado o próprio desenvolvimento da humanidade. Na verdade, tal como se consideram atualmente as práticas corporais de aventura, estas se ampliaram em diversos países a partir da década de 1970 e no Brasil, a partir do final dos anos 1980. No que se refere aos termos que descrevem essas práticas, em países como Austrália e Nova Zelândia, o termo recreação ao ar livre (outdoor recreation) é empregado de forma expressiva, ao passo que, nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra o termo atividades ao ar livre (outdoor activites) é um dos mais usuais. Em outros países, inclusive no Brasil, Betran (2003) cita outras denominações, como as seguintes: a) Esportes californianos: em razão da origem de várias das modalidades nessa região; b) Novos esportes: considerando-os diferentes e inovadores; c) Esportes técnico-ecológicos: fazendo referência à associação dos equipamentos utilizados para a prática de diversas modalidades com seu uso na natureza; d) Esportes em liberdade: negando regulamentações típicas de outros esportes vinculados às federações e ambientes delimitados por linhas, quadras, ginásios, estádios etc.; e) Esportes selvagens: pelo caráter natural e numa comparação oposta aos locais de picos urbanos e estruturados dos outros esportes; f) Esportes radicais: típica gíria de surfistas e skatistas da década de 1980 e pelo cunho fundamental das sensações e exposições a perigos relacionados à altura, vertigens, deslizamentos, entre outros; g) Esportes extremos: em razão do grau de exposição às situações em que ocorrem descargas de adrenalina – grau máximo de medo, susto e superação; h) Esportes de ação: numa provável referência à manifestação de força e de energia do corpo agindo sobre implementos, numa tentativa de controle sobre os efeitos da natureza; i) Esportes alternativos: aludindo-se à conveniência de escolher atividades físicas que não sejam as tradicionais e em locais fora do comum.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Biomecânica da Mão – Processo de Composição

Lara Cristina Cabral


De acordo com os movimentos complexos realizados pelas mãos, verificamos as possibilidades de contar histórias por elas escritas.

As mãos constroem-destroem, fecham-abrem, circundam, flexionam-extendem, são auxiliadas pelos dedos e punhos, prolongamentos e extremidades do corpo.

Imãs, parafusos e pirâmides fecham e articulam determinados segmentos ósseo-musculares possibilitando eternas criações.


Posição Anatômica da Mão


As mãos exercem importância de sobrevivência no mundo social o qual pertencemos, registram os “passos” da humanidade, transcendem energias mil pelos toques por elas efetivados. Captam os imãs do mundo exterior, emanando o início do movimento desse segmento, reverberando para o restante do corpo e vice-versa. Desta forma, estabelece criações sugenéricas por elas produzidas. Fica nossas singelas homenagens das mãos ao corpo, do pé e da cabeça, formando um tripé, uma pirâmide seqüencial.





Às mãos uma criação poética, jogos de imagens e palavras (expressões populares), brincadeiras cotidianas com todo esplendor:







Arquitetura da Mão




Mosaico de fotos do poema


Fonte de expiração de grandes nomes da arte brasileira:


Poema “A Mão” – Carlos Drummond de Andrade


A exemplo entre o mundo arte-ciência-homem parte integrante da pirâmide, atraído por bases articuladas por fechos, arrematados por parafusos, aproximados por imãs, “uma mão puxa a outra, unidas formam uma corrente humana, brincando, encenamos o encontro entre elas”.



“Poema de uma mão só”

Bibliografia: I. A. KAPANDJI – Fisiologia Articular – Vol. 1, 5ª Ed., Manole, 1990.

Imagens e vídeos extraídos do Google.

Poema de minha autoria